TENHA SEU PEQUENO (E SÓ) FELIZ NATAL!

Véspera de Natal, aniversário de minha filha Irene, milhões de estímulos para viver na tristeza a solidão da data, isolado no canto em que estou. 

Por todo lugar que se vá é festa, alegria, compartilhamento, sorrisos, abraços, comemoração. 

Começa hoje aquele período em que a dieta vai para o espaço, a correria se instala, aeroportos e rodoviárias se enchem de gente querendo chegar a algum lugar para rever alguém, algum lugar. 

Para uns Natal é festa da família, outros se perdem em saudades e se afogam no esquecimento, por estarem nas ruas desabrigados, refugiados fugitivos das atrocidades do poder. 

São alcoólatras, drogados, prisioneiros das ruas ou de sordidas cadeias, pacientes terminais impedidos de sonhar por alguma doença em um leito de hospital. 

Eu não, sou um resistente da vida, que muito amou, muito trabalhou, muito criou, muito viveu, e tem a casa, o alimento, a saude, e de nada sente falta, a não ser de estar vivo no meio do mato, cercado por gente simples e acolhedora. 

Quantos natais, quantas festas, quantas comemorações vivi! 

Mas hoje meu Natal é assim, Netflix e Jazz, meus melhores companheiros nesse bônus de vida que Deus me deu, escrevendo, criando, trabalhando, buscando a melhor forma de servir ao próximo, me comunicando, distribuindo generosidade. 

Como tantos outros Natais esse também vai passar, alguns registrados em belas fotos, outros em presentes esquecidos em algum lugar. 

Assim é o tempo, assim é a vida, passa, e o que fica de melhor é aquilo que estamos vivendo nesse instante, nesse momento, aqui e agora, FELIZ SEM IDADE!