Reze por Você, Lorena!!

Tinha dormido nua, apenas coberta por um roupão que usou para sair do banho.

Despida assim como sua vida, assistiu ao último episódio de uma série na Netflix, regado a sensualidade e erotismo.

Um pouco antes de apagar a luz do abajour da cabeceira da cama, deu uma olhada num artigo de uma sessão digital do jornal que assinava, e que centrava toda sua abordagem no sexo.

Adormecida pela leitura, se masturbou e apagou num sono suave.

Acordou leve aquele dia, se sentindo cheia de um poder que não conhecia, revitalizada por um sonho que tivera.

Nele se reencontrava com uma antiga paquera numa rede social.

Dele não se pode dizer que tiveram um romance, coisa rapida de um dias que passou num flat, enquanto terminava uma especialização acadêmica, e que terminou quando ela, meio perturbada pelo fim do casamento que tivera, o dispensou, sem mais nem menos.

O cara era bom de cama, recordava quando pensava nele. Tinha uma piroca negra, doce e gostosa, que ela gostava de chupar depois de faze-lo comê-la por trás, ela gozando que nem cadela no cio, gozo gostoso cheio de uivos de prazer que estremeciam as paredes do quarto.

No sonho teclavam e falavam das putarias que faziam naqueles tempos que tiveram um caso.

Foi quando, em pleno sonho, insegura, começou com aquele papo babaca de quando queria fugir da realidade, e se refugiar numa eterna solidão.

Justo na hora em que estavam pra gozar, ela com a calcinha toda molhadinha, ele de pica dura na mão, "surge esse papo brochante, blábláblá de uma DR inconsequente", pensamento que recolhia o prazer a uma longa discussão.

No passado fizeram um acordo pra consertar estragos de um jogo. Quem começasse a falar besteira, teria que pagar uma prenda ao outro, submetendo-se a um desejo ou vontade oculta.

"Tira essa roupa, arranca essa calcinha e faça uma foto dessa bucetinha gostosa, cravada nesse corpo pelado, delicioso!" falou no sonho o ex paquera interrompendo irritado a sanha daquela conversa repetida que havia afastado os dois, prenda que ela não pagou, despertada que fora por uns escrotos no prédio em frente, gritando "fora", a mais uma live do governante boçal.

Essa era a razão da sessão de fotos deliciosas, que decoravam a casa, e que estão expostas em posters gigantes por toda sua sala.

Lorena tinha combinado de pegar os documentos do carro, e chegou carregada da sua frustração feminina, vinda de uma missa onde havia purgado suas frustações.

"Quem é essa?" perguntou, queixo caido, sentindo o cheiro de pecado no ar.

"Sou eu! Estou namorando um cara e resolvi fazer uma homenagem a liberdade e ao orgulho que sinto com ele, gozando gostoso comigo", respondeu.

"Deus me livre! Pouca vergonha para uma mulher na sua idade. Vou rezar um terço para afastar de você essa perdição!", disse Lorena, virando as costas e abrindo a porta, se dirigindo ao corredor.

Porta entreaberta ela gritou, "Reze por você, Lorena, por que pecado é não viver uma grande amor", um grito emocionado, coberto do tesão que sentia pelo cara que tinha aberto as portas do seu coração.

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