PORQUE MEU BOLSO NÃO CONSEGUE CASAR?

02/03/2020
Estar sozinho me levou a entender a razão de não ter ficado rico, é que eu não nasci para casar!

Definitivamente, financeiramente eu não nasci para casar.

Sou péssimo marido, pai, ou qualquer coisa do tipo quando o assunto é dinheiro.

Quer me quebrar é me arranjar alguém para ter de cuidar.

Cresci em meio a campanhas de liberdade feminina, cujas abordagens desciam aos mínimos detalhes do seu corpo, desejo, maneiras de se vestir e de se comportar, mas que nada falavam sobre qual seria o ideal da mulher quando o assunto fosse finanças.

Mais tarde ficamos sabendo do seu desejo a independência financeira, da luta por funções iguais no trabalho, e tratamento igualitário na remuneração.

Mas de como prover e destinar os recursos da relação, nada! Nenhum tratado, nenhum estudo que explica-se sociologicamente o viés do comportamento financeiro feminino, em se tratando de uma relação de matrimônio.

Na dúvida valia a regra, "eu cuido do meu e você cuida do nosso".

Nós homens de uma certa era, nascemos e fomos criados por pais que não abdicavam desse poder de construir, de fazer avançar o patrimônio a fim de garantir o futuro da família, que para isso tinham ao seu dispor uma outra mulher, aquela que se contentava em ficar por trás do marido, como verdadeiras rainhas do lar.

Eu, infelizmente sou um aleijado, fruto de um pai e mãe separados, ainda quando criança, e criado por uma supermãe totalmente despreparada para o financeiro, embora fosse dona de um grande esforço.

Para se ter uma idéia, era uma mulher que mesmo tendo o rigor de manter seu bom nome, pagando em dia suas contas, vivia enrolada quando o assunto era nos dar o alimento, a vestimenta, a escola. Quando muito sabia como fazer para se divertir, quando sobrava algum.

Em casa sempre faltava alguma coisa à mesa, enquanto sobravam outras na dispensa. E todo o mês era aquele entra e sai de coisas, joias, porcelanas, pratarias, e até um rádio, para cobrir os rombos no orçamento, tudo com a ajuda do penhor da Caixa Econômica.

E duvido muito que alguém da minha geração que tenha vivido sob o estigma da separação, sendo criado pela mãe, tenha aprendido alguma coisa sobre provimento e poupança.

Hoje quando me vejo só, e que posso por em prática tudo o que entendo como correto sobre poupança e investimento, aquilo que aprendi na academia sobre orçamento e finanças, sei o que é viver sem ter agarrado no cangote o compromisso de uma relação.

O estar sozinho me levou a entender a razão de não ter ficado rico, é que eu não nasci para casar, ser o provedor, o dono da casa, quando muito, talvez um parceiro. 

Mas minha sorte de chegar a um bom acordo financeiro numa relação não chegou a um bom termo, e sendo assim é melhor ficar tudo como está.

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Feliz Sem Idade - Neoguru Birya Sancho
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