De Quem é a Culpa do Rebaixamento da Nota de Crédito do Brasil?

De quem é a culpa pela não reforma da Previdência que levou ao rebaixamento da nota de crédito do Brasil por uma das 3 principais agências de rating do mundo? 

A Reforma da Previdência esteve bem perto de ser aprovada no primeiro semestre de 2017. 

Mas aí veio aquela bombástica e estúpida notícia do jornalista Lauro Jardim em o Globo, repercutindo um possível crime do presidente, denunciado em uma gravação sorrateira e covarde do Joesley Batista, dono da JBS. 

A notícia resultou naquele que ficou conhecido no mercado como o "Joesley Day", derrocada na Bolsa e perda de bilhões pelo Brasil. 

Com a crise instaurada, e a polêmica sobre a queda do governo, os políticos viram uma oportunidade de chantagear ao máximo o presidente, em troca dos votos para não aceitar a denuncia, e depois, em qualquer outro assunto que tivesse um viés reformista. 

O texto e alcance da Reforma da Previdência foi minguando, e os votos a seu favor ficando cada vez mais caros. 

Uma outra denuncia veio, com igual preço político, jogando a Reforma da Previdência para o balcão eleitoral de outubro de 2018, o que a faz quase impossível de ser aprovada, visto a impopularidade do tema insuflado pela esquerda, setores do estado interessados na manutenção de privilégios, e políticos petistas com seus companheiros da Imprensa. 

Tudo isso porém não exime de culpa a equipe econômica e seus burocratas governamentais, que montaram um texto de reforma ousado, ambicioso, mas sem nenhuma visão política. 

Se era para ser como está agora, porque não o foi desde o início, com menos ousadia e ambição?

Creio que a falta de um tertius político dentro da equipe que formulou o texto, impediu essa visão. Faltou alguém que dissesse "do jeito que está não passa!", um ministro político com peso e experiência administrativa. 

Aí temos que recordar do episódio da demissão do senador Romero Jucá, ex Ministro do Planejamento, que teve de entregar o cargo a alguém da burocracia estatal que, embora competente padece da timidez do burocrata. 

Tivesse o governo Temer posto em seu lugar alguém com força congressual, talvez a Reforma da Previdência fosse uma realidade, e não um projeto distante, que poderá por a perder todo o esforço brasileiro em vencer os desmandos cometidos por uma ex presidente incapaz.