As Pressões do Atraso

02/01/2018

Pode-se questionar sua legitimidade, mas o Brasil tem, pela primeira vez em muitos anos, um governo reformista. E esse tom reformista se dá em vários ângulos, político, econômico e social. 

Politicamente é um governo centrado na relação parlamento/executivo, onde as decisões, em geral, são discutidas a exaustão a três mãos, Câmara, Senado e Executivo, em um modelo de administração que beira o semi parlamentarismo, hoje já objeto de uma proposta de emenda constitucional. 

Socialmente é um governo que foca no econômico para atingir metas sociais, uma vez que a inflação baixa trás ganhos mais ganhos a população pobre que as tradicionais políticas de renda, estas objeto de fortes críticas quanto ao seu resultado. 

Economicamente temos o seu lado mais forte, com controle dos gastos públicos atrelado a metas, que possibilitam gerir o Orçamento com maior credibilidade dentro de um teto, além de um controle da inflação pelo seu Banco Central, o que possibilita juros baixos e superávits no balança de pagamentos. 

No entanto, sujeito a pressões políticas de fora do sistema, algumas por grupos detentores de privilégios, ou de corporações e empresas instaladas dentro do sistema de administração, e que a tempos vem se beneficiando das políticas governamentais, o governo teve que se ver com a Imprensa, e com a chamada "opinião pública", essa dominada por uma elite de pensamento a esquerda, e comportamento umbilicalmente estatizante. 

Essas pressões levaram o governo às barras dos tribunais, fruto de acusações as mais diversas, em geral urdidas em sofisticados complôs. 

O resultado dessas pressões foi o desmonte no plano político de grandes mudanças econômicas, reformas adiadas por falta de uma visão política mais avançada, enraigados que estamos com o papel do estado como o grande provedor do bem estar pessoal. 

O maior exemplo desse desmonte é a Reforma da Previdência, que demorou a ser urdida, e quando o foi veio da maneira errada e carregada de uma certa incompetência. Se era para ser enxuta por que não o foi desde o começo, sem as estruturas que carimbaram nela toda uma rejeição? 

Este e outros fracassos na construção de mudanças econômicas por falta de feeling político, poderia-se dizer que aconteceram por culpa dos grupos de pressão, ou melhor, das acusações de corrupção, visto que hoje às denuncias estão atreladas aos interesses de quem as faz, levando a opinião pública a uma forte e unânime rejeição ao atual governo. 

Breve teremos eleição, e as propostas que virão dos candidatos darão uma melhor visão desse governo, uma vez que o crescimento econômico se faz irreversível e atrelado as teses reformistas do governo atua.

Feliz Sem Idade - Neoguru Birya Sancho
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